Não sei se os meus acessos são de ânimo ou desânimo para escrever, mas o fato é que aqui estou novamente ressurgindo para mais uma postagem. E dessa vez, trago um tema que andei estudando um pouco e julgo interessante para quem busca se conhecer: Compulsão.
De acordo com autores estudados, a compulsão vem a ser um fenômeno comportamental que se caracteriza pela prática recorrente de um determinado ato. Em sua complexidade, a compulsão traz um quadro de repetição que envolve angústia, ansiedade e prazer. Nesse sentido, o indivíduo sente-se obrigado a praticar um determinado ato, ainda que não queira fazê-lo, a fim de cessar a ansiedade ou angústia geradas pelo não-fazer. Assim, obtem satisfação no prazer gerado por esse ato ou no alívio pela cessação da angústia. Esse prazer ou cessação da angústia, entretanto, são tão efêmeros que logo o compulsivo sente novamente a necessidade de praticar o ato de sua compulsão, fechando-se num círculo que oscila entre o prazer e a ansiedade.
Os especialistas usam frequentemente a expresão TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo - que se define pelo comportamento pelo qual o indivíduo tem idéias e/ou ações estranhas ou até mesmo ridículas tanto aos seus próprios olhos quanto para as outras pessoas, mas simplesmente não consegue abandoná-las. Mas é preciso lembrar aqui, que o TOC não trata-se sempre de um "bicho de sete cabeças". Segundo o psicanalista americano Stanley Rosner (Revista Época, 2010), que refere-se à compulsão como “auto-sabotagem”, o comportamento compulsivo está presente em todos, visto que todo ser humano possui padrões de repetição, ainda que, em sua maioria, irracionais. O problema, para Stanley, é quando essa compulsão passa a ser destrutiva, pelo que se explica o seu uso do termo “auto-sabotagem”. Sobre esse comportamento prejudicial, Stanley considera que “são compulsões que levam indivíduos à beira da loucura e destroem vidas - as suas próprias e as de outros” (Revista Época, 2010).
Para muitos especialistas, alguns TOC's não possuem uma causa específica; outros seguem a linha freudiana para explicar a origem da compulsão. Segundo esses, ela se estabelece baseada num fato de natureza traumática ocorrido no passado, cuja lembrança foi bloqueada pelo consciente. Uma vez que a cena traumática foi impossibilitada pelo consciente de ser recordada, visto que causa um desconforto insuportável ao ego, essa cena traumática é reproduzida em ato, daí parte o motivo pelo qual toda compulsão ocorre de maneira contrária à vontade do sujeito.
Os tipos de compulsão mais observados atualmente são as compulsões alimentar, por compras, por sexo, por jogos, por atividade física, entre outros. Entretanto, muitas pessoas são acometidas no dia-da-dia por vontades repetitivas e incontroláveis de, por exemplo, lavar as mãos, voltar para ver se a porta está realmente trancada ou se o gás está desligado e por aí vai.
De acordo com psicanalistas, o tratamento é definido de forma diferenciada de caso para caso, podendo ser necessário o uso de medicamentos, o tratamento com análise ou mesmo as duas coisas simultaneamente.
Espero que essas informações tenham sido úteis para quem deseja observar um pouco mais o seu comportamento e, caso necessário, possa buscar melhoras na sua qualidade de vida. O post está aberto para correções através de comentários por profissionais que dominem o assunto. O objetivo aqui é estimular cada vez mais a auto descoberta. Abaixo todos podem conferir um pequeno vídeo que reforça o teor dessas informações:
Maiores detalhes podem ser encontrados nos links:
Maiores detalhes podem ser encontrados nos links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivoacessado em 28/10/2010 às 16:55www.febrapsi.org.br/.../Espaço%23Theodor%20Lowenkron%235%23Compulsão.doc
acessado em 28/10/2010 às 18:00 h
http://www.cerebromente.org.br/n15/diseases/compulsive.htmlacessado em 28/10/2010 às 18:30hhttp://www.unicap.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=302
acessado em 28/10/2010 às 15 :23hhttp://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI68994-15228,00-COMO+EVITAR+A+AUTOSABOTAGEM.html
acessado em 28/10/2010 às 18:17 h.