Muito interessante registrar aqui informações sobre uma parte importante do nosso corpo: a tireóide. Poucas pessoas dão importância a essa pequena glândula em formato semelhante ao de uma borboleta localizada no nosso pescoço, mas a verdade é que o seu mau funcionamento pode trazer ao nosso organismo mais problemas do que imaginamos.
A tireóide é uma glândula responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, os quais, produzidos em taxas normais, equilibram o ritmo de funcionamento do corpo. Para estimular a produção desses hormônios, é ativada a hipófise, uma outra glândula localizada no cérebro que produz o TSH, hormônio que regula a produção dos outros dois. Quando os hormônios T3 e T4 são produzidos em excesso pela tireóide, a hipófise diminui a produção do TSH. Em contrapartida, se os hormônios tireoidianos são produzidos de forma insuficiente, mais TSH é produzido para estimular a produção normal de T3 e T4.
Os dois problemas comuns à tireóide são o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. O primeiro se caracteriza pela produção exacerbada de hormônios, acelerando o ritmo de funcionamento do organismo. A causa mais comum dessa superprodução é uma doença auto-imune (quando o próprio corpo produz anticorpos que agem contra a glândula) chamada Doença de Graves. Mas também há outras causas, como presença de nódulos, ingestão excessiva de hormônio tireóideo ou de iodo, ou inflamação da tireóide. O hipertireoidismo acelera o funcionamento do organismo e os principais sintomas são taquicardia, perda de peso, nervosismo, intestino solto, queda de cabelo, tremor, sudorese, cansaço, cãibras musculares e irregularidades menstruais. O tratameno é realizado com o uso de medicamentos que bloqueiam a produção dos hormônios ou com cirurgia, em caso de presença de tumores, pois o câncer na tireóide também pode acontecer. No segundo caso, o hipotireoidismo, a produção de hormônios é insuficiente, retardando o funcionamento do organismo. As causas mais comuns são a Doença de Hashimoto (auto-imune), retirada cirúrgica da tireóide, tratamento de hipertireoidismo, uso de medicamentos anti-tireóideos, deficiência de iodo e resistência generalizada a hormônios da tireóide. Os sintomas mais comuns são cansaço, ganho de peso, intestino preguiçoso, alteração menstrual, depressão, unhas quebradiças, queda de cabelos, dores musculares e nas articulações. O tratamento, geralmente, é feito feito por toda a vida, com o uso da substância levotiroxina para reposição hormonal, que deve ser administrada na dose adequada à necessidade do paciente. Em ambos os casos, é necessário monitorar periodicamente os índices de produção hormonal com exames clínicos e consultas médica.
No caso do hipotireoidismo, o sexo feminino é acometido com mais frequência, mas é aconselhável que todos façam o auto-exame periodicamente. Trata-se de um procedimento bem simples no qual, na frente do espelho, devemos encontrar com os dedos o ponto abaixo do "gogó", depois inclinar o pescoço para trás, visualizando melhor a região, beber água e verificar, nos movimentos de sobe e desce da tireóide ao engolir, se existe nódulo ou saliência. Em caso positivo, é só consultar um endocrinologista.
Espero que estas informações tenham sido esclarecedoras porque o desequilíbrio hormonal, se não tratado, pode trazer sérias consequências para o nosso organismo e, muitas vezes, só nos falta um pouquinho mais de informação para atentarmos ao que o nosso corpo nos comunica. Um abraço a todos!!!!
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